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INTRODUÇÃO AO BLOCO DE ESQUERDA LUSITANISTA (GZL)

O Bloco de Esquerda Lusitanista (em lusitano: Gunda Zekeř Leukuiriek) ou GZL foi fundado em Junho de 2010 na cidade de Coimbra por um grupo de amigos da Causa da Nação Lusitana, da autonomia da região da Lusitânia e da autêntica Regionalização de Portugal, descontentes com o actual regime anti-regionalista português, e entusiasmados com a vitória da Regionalização em toda a Europa e no mundo democrática, excepto em Portugal infelizmente, país ainda hoje medieval e atrasado governado por uma elite cobarde, medíocre, corrupta, anti-regionalista, anti-popular e anti-patriótica de origem estrangeira.
O Bloco de Esquerda Lusitanista (ou GZL) não tem nada a ver com um partido político português que se denomina de Bloco de Esquerda (BE), e também não somos um ramo regional deste partido português de esquerda na região da Lusitânia, aliás, nenhum partido político português tem ramos regionais autónomos no território europeu de Portugal. Infelizmente, o BE, que é o maior partido português (e não lusitano) de esquerda, é um partido centralista e ainda não aberto à Regionalização do país nem ao reconhecimento dos povos nativos e regionais de Portugal. Os seus líderes são na maioria, portugueses de Lisboa e Porto, pertencentes às classes médias e pequena-burguesia, sem uma base operária, base operária essa que está na base da fundação do BE lusitanista. Contudo alguns dos nossos membros, a título particular, estão filiados individualmente no BE português, que repita-se não tem nada a ver com o Bloco de Esquerda Lusitanista (ou BEL), pesem embora a semelhança no nome e algumas afinidades ideológicas em defesa do socialismo, do poder popular e de mais justiça social em Portugal e especialmente na nossa Lusitânia (região étnico-cultural não reconhecida oficialmente em Portugal pelos governos e pelo Estado português) e também, a mesma indignação que partilhamos face ao PS neo-capitalista que dependente dos grandes interesses económico-financeiros traiu a Regionalização e o Portugal profundo.
Em comum a estes fundadores do BEL, a militância operária e revolucionária, a inquietação intelectual, a influência e herança dos socialistas que não se integraram nem se deixaram corromper pelo PS português na degeneração do actual regime e, sobretudo, o desejo de dotar Portugal de instituições verdadeiramente democráticas e populares, isto é, mais do que alterar o regime, libertá-lo do pequeno grupo que gravitava em redor dos dois partidos do bloco central que controlavam o poder e o Estado, de forma a permitir a todos os cidadãos iguais direitos de participação cívica. A Regionalização e a criação de uma Região Autónoma da Lusitânia é uma questão prioritária para o BEL (ou GZL). No fundo, o que a maioria do nosso grupo de lusitanistas pretende é dar voz aos povos regionais e nativos do país e “socializar” a actual República Portuguesa, país hoje atrasado, atrofiado e refém de uma classe política medíocre e cobarde que depende directamente do poder económico-financeiro, do grande capital monopolista e de políticas anti-populares ao serviço de uma elite portuguesa de origem estrangeira que não ama este país, que é ela mesma anti-nacionalista, anti-popular e anti-patriótica, que tem vindo a hipotecar o futuro de Portugal, destruindo a soberania do país no interesse de outros países e potências estrangeiras, algo com que muitos cidadãos portugueses e étnicos lusitanos não estão de acordo.
Claro que nós como étnicos lusitanos regionalistas e como cidadãos portugueses também adoptámos alguns dos princípios e temas caros à esquerda portuguesa e internacional (como o socialismo, o poder popular, a justiça social, mais trabalho e emprego, o anticlericalismo, manifestações contra a guerra, contra o fascismo, o nazismo, o extremismo e a xenofobia), e outros temas ciclicamente agitados por gentes oriundas de todos os espectros ou sensibilidades políticas da grande família da esquerda portuguesa e mundial (como é o caso das autonomias regionais, da liberdade dos povos da terra, ou do iberismo).
A união ibérica (U.I. ou dos povos da Ibéria) que chegou a ser defendida por alguns dos nossos antepassados (que queriam primeiro a independência de todas as nações e regiões ibéricas, incluindo a da Lusitânia, e só depois uma reunificação ibérica, não de Estados mas ao nível económico-cultural) com o mesmo ardor com que depois combatiam o centralismo de Lisboa ou que lutavam pela regionalização. Os lusitanistas dos primeiros tempos defendiam o regresso às tradições municipalistas, que começaram a perder protagonismo com o advento do Estado Absoluto (séc. XVIII), e foram definitivamente esquecidas com a chegada do regime liberal, de clara vocação centralizadora e atrofiadora (neste período negro da história de Portugal, o regime monárquico liberal acabaria por acentuar o ultra-centralismo extinguindo assim mais de mil concelhos ou municipios portugueses, principalmente das regiões do interior do país), depois com a primeira República e principalmente com o Estado Novo, este municipalismo deu origem ao Regionalismo, que por mais estranho que pareça, acabou por perder a sua grande batalha, no final do século passado, trinta anos depois do 25 de Abril de 1974, quando os cidadãos portugueses ignorantes da verdadeira importância desta questão para o país (uma regionalização é vital para o progresso e o desenvolvimento de qualquer país do mundo livre), foram enganados, alienados e ultrajados pelos dois partidos mais à direita do prqueno espectro partidário português e assim, votaram "não" no Referendo sobre a Regionalização. As elites portuguesas são ferozmente anti-regionalistas e cobardemente ultra-centralistas, mas nós BEL entendemos que a mobilização popular pode alterar essa política.